Guarani insistem pacificamente na continuação de Amambai
Antropologia

Guarani insistem pacificamente na continuação de Amambai


Matéria vinda de Campo Grande mostra que os Guarani da região de Amambai insistem em que a Funai reponha a sua Administração Executiva e não os deixe à mercê de Dourados, para onde foi a administração. Como disse anteriormente, essa mudança foi um equívoco estratégico e a Funai vai ter que revê-la. Por enquanto eles estão pacíficos, mas podem engrossar o caldo mais adiante.

Essa matéria é paralela ao que está acontecendo no Maranhão com a extinção das unidades gestoras dos núcleos de Barra do Corda. Os Guajajara estão fechando a rodovia que passa pela T.I. Canabrava e ameaçam tocar fogo no linhão da Eletronorte que passa paralelamente. Se é verdade que muitos núcleos de apoio exorbitavam na sua ineficiência, é igualmente verdade que alguns eram imprescindíveis. A medida de extinção não era o caminho certo para todos. Certamente o mesmo vai acontecer na região do sul da Bahia e em outras partes do Brasil.

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Caciques pedem ao MPF apoio para manter Funai em Amambai

Quatro capitães (caciques) de aldeias do sul do Estado seguiram nesta segunda-feira (14 de maio) para Dourados, onde pretendem solicitar apoio do Ministério Público Federal para impedir o fechamento da Delegacia Regional da Funai de Amambai. Segundo o site A Gazeta News, os líderes Rodolfo Ricarte (da aldeia Amambai), Hamilton Lopes (Maracatu, em Antônio João), Assunção Samariego (Porto Lindo, em Japorã) e Jorge Gonçalves (Porto Lindo Piraquá, em Bela Vista) representarão outras 18 aldeias para solicitar a continuidade das ações da Funai amambaiense.

O fechamento da Regional, na visão dos caciques, irá fragilizar o atendimento às comunidades indígenas da região de fronteira. Enquanto um grupo de lideranças buscará auxílio do MPF para a questão, outros líderes de 22 aldeias espalhadas em 12 municípios estão na delegacia da Funai de Amambai, onde aguardam resposta da Superintendência do órgão em Brasília sobre o fechamento da unidade.

A promessa dos líderes é que, caso não haja um pronunciamento da Funai na capital federal, manifestações mais intensas serão realizadas na região - incluindo bloqueios de estradas e rodovias. Tal ação já foi realizada no último sábado (12), quando meia pista da MS-386 (entre Ponta Porã e Amambai) foi obstruída pelos indígenas. A regional da Funai no município é responsável pelo atendimento a 25 mil indígenas das etnias guarani-kaiowá e guarani-ñandeva.



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