Antropologia
Continuação da novela do São Francisco
Na loucura de justificar o impedimento da transposição do rio São Francisco, agora os protestadores vieram com essa de que as terras dos índios Truká ainda não foram demarcadas.
Ora, ora, há anos que a grande ilha de Assunção foi demarcada e seus antigos moradores retirados, a terra está homologada, os traficantes de maconha que lá viviam, junto com algumas lideranças, foram retirados, depois que fizeram um estrago imenso de mortes.
Com argumentos e justificativas capciosos assim, não há protesto que se sustente. Quem está por trás disso tudo, sabemos.
A matéria abaixo vem do Correio da Bahia, mas há outras matérias do mesmo teor, com mais ou menos detalhes. O que parece é que os protestadores estão partindo para o confronto, com as bençãos do bispo Cappio, o jejuador.
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Invasão de terras indígenas
CABROBÓ (PE) - Os acampados entraram de vez na disputa jurídica com o governo federal. Na tarde de ontem, enquanto o advogado da União, Jones Oliveira da Cruz, da Procuradoria Seccional da Advocacia Geral da União em Petrolina (PE), entrava com pedido de reintegração de posse na 20ª Vara Federal, em Salgueiro (PE), os manifestantes foram ao Ministério Público Federal, em Salgueiro. Jones Cruz estava acompanhado do coordenador do Projeto de Integração do Rio São Francisco, Rômulo de Macedo Vieira, que foi a Cabrobó conversar com os representantes dos movimentos sociais.
A Associação dos Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) ingressaram com uma representação para que o procurador ge-ral da República, Antônio Fernando de Souza, interpele a Fundação Nacional do Índio a concluir a demarcação das terras Trukás, iniciada há dez anos. Os manifestantes estão localizados nas fazendas Toco Preto, Trucutu e Mãe Rosa.
A primeira, integra o território Truká ainda não demarcado. Já a Trucutu e a Mãe Rosa foram reivindicadas numa revisão pedida em 2005. Para o Cimi, mesmo que este pleito não seja concedido, como há disputa, cabe à União cuidar de sua preservação. Com a argumentação de proteção dos direitos indígenas, o documento apresentado pelos manifestantes no MPF requer a suspensão imediata das obras da transposição e a retirada do Exército.
Conforme José Hélio Pereira, nenhum povo indígena ou comunidade tradicional afetado pela obra foi ouvido. O impacto da transposição em povos indígenas fez a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) considerar o projeto ilegal, por não contar com aval do Congresso.
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