Antropologia
Asas de Pulmão - Conto de Terror
O sujeito me parecia irritante, sim, parecia, eu não o conhecia, mas sei bem como é o tipo; fala alto, gesticula muito como se soubesse de tudo. Isso não é realmente importante, mas ajuda na hora do serviço sabe, “Quando você ama o seu trabalho ele se torna prazeroso”, como meu serviço é matar, ter um pouco de raiva da vitima me ajuda a fazer o que faço. A tortura não é necessária, mas eu tenho direito de me divertir um pouco também.
Reservei minha tarde inteira para esse sujeito. Esposa traída, minhas melhores clientes, esse rapaz em questão a traiu mais vezes do que ela pôde contar, graças a ele eu tenho meu serviço, contratado para matar e pago antes mesmo de completar o serviço, obrigado companheiro, graças a você mais tarde farei uma festa com meus amigos Jack Daniel’s e Jose Cuervo para comemorar.
Não vou contar como seqüestro minhas vitimas, pois essa é a parte mais importante do trabalho, seria como colocar avisos sobre câncer nas embalagens de cigarro... espera ai, eles colocam avisos nas embalagens não é?!... bom, tanto faz. Com meu querido pulador de cerca já preso vem a parte divertida do trabalho, a tortura.
Começo prendendo ele numa mesa deitado com o peito para baixo, logo em seguida pego uma pequena lamina, maior do que um bisturi e menor do que uma faca, não sei qual é o nome dessa coisa, só sei que amo ela, volto a mesa com minha “coisa de cortar”, faço incisões na altura do tórax até chegar as costelas, então as separo da coluna vertebral, a figura que se forma é simplesmente linda, você tinha que ver, algo semelhante a asas, eu gosto de pensar que é o anjo da morte que esta chegando batendo suas asas para levar a alma do cara, não me julgue, eu gosto de apreciar as pequenas coisas. Enfim, dessa maneira os pulmões são removidos da caixa torácica, e então tiro meus fones de ouvido pois a essa altura ele fica sem ar e para de gritar, pois tudo é feito em quanto ele esta vivo, afinal, se ele já estivesse morto, que tortura de merda seria essa, não?! Chegamos as aulas de culinária, enquanto polvilho um punhado de sal nas feridas, e então o climax, pego minha cadeira, sento ao lado do sujeito agonizando sem ar e com uma dor infernal e observo mais essa obra de arte enquanto ele morre lentamente.
Desovo o corpo em um lugar que obviamente eu não vou dizer qual é, mas garanto que nunca encontrarão, vou embora para minha casa com mais um serviço bem feito, um cliente satisfeito e apenas mais um dia excitante no trabalho que minha esposa e filhos nem imaginam qual é, afinal, eu sou só mias um cara normal, que poderia até mesmo ser seu vizinho, quem sabe, não é?
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