400 indígenas nordestinos chegam a Brasília para vencer ou vencer
Antropologia

400 indígenas nordestinos chegam a Brasília para vencer ou vencer


Logo mais pela madrugada estarão chegando a Brasília, e aportando em frente à Funai, cerca de 12 ônibus lotados das mais expressivas lideranças das treze principais etnias indígenas de Pernambuco e Paraíba.

Serão recebidos de cara por um grupo de 80 índios Xavante que já se encontra em Brasília e está em contato com os novos guerreiros. Logo mais chegarão a cavalaria Kayapó, os Kaingang, mais Xavante, Karajá, Tapirapé, Javaé, mais Xavante, Guarani, enfim, muitos.

Os índios nordestinos compõem uma artilharia com cerca de 400 indígenas dispostos a dar tudo de si para vencer o desafio de fazer com que o governo Lula revogue o desastroso decreto de reestruturação da Funai, exonere a diretoria atual por incompetência e irresponsabilidade e estabeleça uma nova dinâmica para revigorar a Funai.

Estão unidos entre si e se unirão com os demais povos indígenas pela causa comum.

Os índios nordestinos vêm com força e determinação. Como diz a música de Luiz Gonzaga, trazem os seus "matulões", isto é, suas cantorias, sua cultura de resistência, e mais: suas panelas, seus fogareiros, sua farinha e rapadura para ficar em Brasília quanto tempo for necessário para vencer essa guerra de reformulação da Funai.

Entre suas principais lideranças destacam-se Dona Maria de Lourdes, povo Truká, Neguinho Truká, Dezinho, povo Fulniô, Ubirajara Pankararu, Robério Pankaru, Luciene Kambiwá, Dorinha Pankará, Biá Xukuru e muitos outros. Entre os Potiguara mencionamos Caboclinho e Capitão, os dois representantes da região junto ao chamado CNPI. Eles vêm com mais determinação ainda porque sentiram a pressão de seu povo por terem participado tantos anos nesse Conselho Indígena, junto com Ongs e representantes do governo, e não terem identificado a perversão contida nesse conselho. Segundo eles, de nada sabiam do que se tramava com essa reestruturação, e que isso constitui-se, para eles, uma traição inominável por parte do presidente da Funai.

Quem sabia do que ia acontecer? Quem advinharia que iriam extinguir todos os postos indígenas brasileiros e 22 Administrações e 10 Núcleos de Apoio numa simples canetada presidencial.

Será que o CTI sabia? Será que o CIMI sabia? Será que o ISA sabia? Que venham a limpo e falem sua verdade!

A sorte está lançada. Mais de 800 indígenas de mais de 30 nações estarão aqui segunda-feira, amanhã, e nos dias seguintes até que o presidente faça justiça às suas reivindicações.



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