27ª Reunião Brasileira de Antropologia
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27ª Reunião Brasileira de Antropologia


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A 27ª RBA que tem como tema geral ?Brasil Plural: Conhecimentos, Saberes Tradicionais e Direitos à Diversidade? focalizará sobre três sub-temas que articulam os esforços da diretoria: (1) Pluralismo no Brasil Contemporâneo; (2) Conhecimentos e saberes tradicionais; (3) Direitos à diversidade; temas através dos quais propõe dar continuidade e explorar desdobramentos das atividades iniciadas e concluídas em períodos anteriores.
O esforço de lançar olhar científico e crítico, de maneira mais acurada, sobre os elementos das temáticas prioritárias na 27ª. RBA, foi o principal motivador da escolha de Belém como local de sua realização, ou seja, da Amazônia, para onde as políticas cientificas e educacionais do atual governo se encontram intensamente voltadas, no sentido de expandir a estrutura de produção científica do país. Esta política pode ser exemplificada com iniciativas como o Acelera Amazônia, que teve grande importância na implantação dos dois novos programas de pós-graduação stricto sensu, que oferecem formação em nível de mestrado e doutorado, sendo um em Manaus (PPGAS/UFAM), que teve suas atividades iniciadas em 2007, e, o outro, que foi instalado em 2009, no Pará (PPGA/UFPA). Ao realizar este Congresso, que tem repercussão cientifica nacional e internacional na UFPA, a ABA demonstra o apoio que a comunidade antropológica do país dá a estes Programas e outras iniciativas identicamente importantes que venham a surgir, no sentido de valorizar esta região do Brasil e suas populações, que historicamente passaram e passam por continuadas situações de instabilidade e insegurança, em decorrência de políticas de desenvolvimento equivocadas.
Com esta iniciativa, a ABA quer não apenas trabalhar como parceira do governo nesse esforço, levando sua maior reunião para Belém, mas, objetiva também incluir as populações e os movimentos sociais amazônicos nesse processo de discussão e reconhecimento da importância que tem a região seus habitantes para a nacionalidade brasileira.
Desta forma, o objetivo é que as várias atividades realizadas durante a reunião permitam, num só tempo, uma melhor compreensão dos problemas relacionados aos três sub-temas, e uma reflexão sobre suas implicações para o exercício da cidadania no Brasil, assim como sobre o lugar do trabalho do antropólogo na sociedade mais ampla. Embora a discussão sobre pluralidade seja contemporaneamente um tema recorrente nas Ciências Sociais no Brasil, o foco tradicional nas diferenças de renda, nas condições de vida e no acesso a benefícios tem deixado de lado um aspecto crucial e particularmente apropriado à pesquisa antropológica. Referimo-nos à experiência de desigualdade de tratamento na vida cotidiana, na qual o conhecimento antropológico tem sido evocado na solução de conflitos. Seja na interação com as instituições do Estado ou no espaço público de uma maneira geral, a desigualdade de tratamento tem se apresentado como fenômeno abrangente e fundamental para a compreensão de nosso padrão de (des)respeito aos direitos de cidadania.  Nesse contexto, a 27ª RBA pretende contribuir para o aprimoramento do debate sobre estes temas, de grande importância para a antropologia que fazemos aqui, assim como para a compreensão dos dilemas contemporâneos no Brasil que se torna crescentemente plural com demandas por direitos diferenciados e erupção de novas identidades e etnicidades em face dos direitos assegurados pela Carta Magna de 1988.
A proposta assim formulada visa apresentar um quadro integrado de temáticas que possam ser revertidas em atividades, reflexões, debates, publicações, prêmios e cursos, que contribuam para a reflexão e consolidação de práticas antropológicas adequadas à crescente demanda feita aos antropólogos nas universidades e fora delas pela sociedade civil, órgãos estatais, povos indígenas, populações tradicionais e demais grupos e segmentos sociais que sofrem situações de exclusão e discriminação na sociedade brasileira, especialmente após o advento das Constituições que ratificam a composição culturalmente plural das sociedades nacionais. 
A previsão é  que a 27ª. RBA venha a ter cerca de 2.500 a 3.000 participantes oriundos das mais diversas regiões do Brasil e de outros países que crescentemente dialogam com os antropólogos. Estes são representados por acadêmicos de destaque no país, cientistas sociais de várias matizes, antropólogos profissionais, membros do poder judiciário, profissionais e cientistas de diversas áreas de saúde, estudantes de graduação e pós-graduação de várias áreas de conhecimento, entre outros. Nos quatro dias do evento serão realizadas atividades em Grupos de Trabalho, Mesas Redondas, simpósios especiais, fóruns especiais; cursos avançados em teoria e metodologia no trabalho antropológico; mini-cursos; oficinas de trabalho; mostra e premiação de ensaios fotográficos; experimentos de etnografia hipertextual, mostra de etnografia em hipermídia e etnografia sonora; mostra, concurso e premiação de vídeos etnográficos; exposições etnográfica e arqueológica, além de outras atividades paralelas ao evento  que são incentivadas e apoiadas pela Comissão Organizadora.
Os Simpósios Especiais previstos serão organizados diretamente por Conselho Diretor da ABA e em cooperação com colegas de outras áreas cientificas do Brasil e de outros países, sendo estes dedicados à discussão de temas articulados ao evento. A programação do evento inclui a presença de autores brasileiros na sessão denominada ?debate com o autor?; conferencistas nacionais e estrangeiros de destaque e reconhecimento acadêmico, com os quais os antropólogos brasileiros mantenham diálogo científico. Estes participarão também de atividades pré e pós-evento, voltadas para o aprofundamento dos temas propostos e envolvendo profissionais e estudantes na área de Antropologia, Etnologia Indígena, Arqueologia, e de profissões relacionadas ao estudo e gestão do patrimônio histórico cultural, direito, saúde, entre outros de grande relevância na atualidade.
Visite o site oficial: http://www.abant.org.br/27rba/



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