Antropologia
23 de abril: dia de Ogum
No Brasil, no dia 23 de abril, comemora-se, entre os adeptos das religiões afro-brasileiras, o dia de Ogum (Ògún, em yourubá), orixá ferreiro, portador e manipulador do aço e dos metais, artesão que deu origem às ferramentes de trabalho e às armas de guerra. Um guerreiro-justiceiro com personalidade inconstante e intempestiva. Na África, o culto desse orixá era restrito aos homens, havendo templos de seguidores em Ondo, Ekiti e Oyo. Conforme a mitologia, Ogum foi um dos primeiros orixás a descer do
Orun (céu) para a terra, motivo pelo qual também é denominado de
Oriki Imole ("O primeiro orixá a vir para a terra"). Existe a lenda de que Ogum teria sido a primeira divindade a ser cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental.
Na família de orixás africanos, Ogum é filho de Oduduwa, herói civilizador que fundou a cidade de Ifé, irmão, portanto, de Xangô, Oxossi, Oxun e Eleggua. Ele é considerado dono de todos os caminhos e encruzilhadas junto com Exu e tem uma ligação muito forte com Oxaguian, de quem é inseparável. É considerado o último dos Igba imolé, deuses da direita que foram destruídos por agirem mal. Como último sobrevivente dessa legião de deuses, coube a ele conduzir os Irun Imolé, os outros quatrocentos deuses da esquerda. Suas cores são o azul cobalto, o verde (no Candomblé) e o vermelho (na Umbanda).
Segundo Pierre Verger, Ogum representa o arquétipo do "guerreiro", identificado com 'pessoas fortes', 'destemidas', 'aguerridas' e 'impulsivas', incapazes de perdoar as ofensas das quais foram vítimas. Os filhos de Ogum geralmente não são muito exigentes na comida, no vestir e na moradia, são um tanto desapegados das conquistas já estabelecidas e estão sempre elaborando novos planos. Devido à coragem e ao espírito bélico e destemido, Ogum é considerado patrono das grandes demandas, senhor da guerra e do exército. Acolhe e dá força às pessoas que triunfam diante de grandes adversidades, atendendo seus apelos no momento da guerra e do combate. No Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, Ogum é identificado com São Jorge, mas na Bahia e no Nordeste é associado à figura de Santo Antônio.
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