Lula chuta crise da Funasa para o lado
Antropologia

Lula chuta crise da Funasa para o lado


O presidente Lula veio a público para dar seu apoio ao ministro José Gomes Temporão em sua luta para moralizar a Funasa. Disse que Temporão permanece no cargo e que vai se entender com o PMDB. Quanto à saúde indígena, fica para ser negociada aos poucos.

Na reunião que teve com líderes do PMDB, Temporão recuou, aparentemente, de seu intento de demitir o presidente da Funasa que o havia destratado, e conseguiu com que o PMDB aceitasse o esvaziamento da Funasa no que concerne à saúde indígena.

Temporão está mesmo disposto a consertar o erro de a Funasa ter ficado até agora com a saúde indígena. Quer transferir esse assunto para dentro da nova secretaria que ainda está para ser votada. Como? Ainda não sabemos.

Quem imagina quando essa nova secretaria será votada, com menos de quatro semanas de trabalho no Congresso antes do recesso natalino?

Os índios, como havia alertado uns dias atrás, passaram à ofensiva. Do Pará, veio uma carta contundente, publicada no site da Coiab contra os planos do ministro Temporão. Em Canarana, cidade do Mato Grosso, 130 membros dos povos Kayabi, Yudjá, Suyá e Ikpeng prenderam pela manhã de ontem 12 funcionários da Funasa e exigiram a presença do ministro Temporão. À tarde, já os haviam soltado. Estão bem assessorados. Esses índios vivem na parte média do Alto Xingu e são atendidos por um antigo convênio entre a Unifesp e a Funasa. A Unifesp é a antiga Escola Paulista de Medicina, que, no tempo do professor Baruzzi, tinha um convênio com os irmãos Villas-Lobos para cuidar da saúde indígena do Alto Xingu. É uma grande escola e tem prestado um excelente serviço aos índios daquela região. Porém, por motivos diversos, os índios da parte alta do Alto Xingu haviam desistido desse convênio há alguns anos. Hoje eles têm um atendimento médico feito através de um convênio entre uma Ong indígena que criaram e a própria Funasa. Entretanto os índios mencionados do médio Alto Xingu querem a manutenção do convênio.

Mas por que fazer esse gesto tão agressivo? Há tempo bastante para negociação. Não sabemos. Mas logo desistiram e soltaram os reféns.



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