Antropologia
Índios Pataxó e Tupinambá, do sul da Bahia, marcam presença em Brasília
Cerca de 29 caciques Pataxó, 17 Tupinambá e mais algumas lideranças estão em Brasília para protestar contra o decreto de reestruturação e também contra a Funasa. Contra a Funasa? Mas esta é hors concours, protesto toda hora!
Por enquanto estão seguindo o circuito estabelecido por seus anfitriões: visita à 6ª Câmara da PGR, agendamento com a cúpula da Funai, etc.
Logo, logo se darão conta das ciladas que os aguardam e passarão a se juntar ao movimento indígena revolucionário. Os Pataxó e Tupinambá ainda aguardam a demarcação e segurança de suas principais terras indígenas. Muita confusão na região. Agora sem AER e sem o Núcleo de Apoio de Porto Seguro não ficará mais fácil para eles.
O movimento indígena revolucionário toma corpo de novo. A chama não acabou, apesar da saída de tantos indíos. Hoje chegou mais um ônibus com lideranças indígenas de Rondônia. Já são cerca de 200 índios em Brasília, em tempos diferentes de protesto. Os Kaingang aguentam o tranco. Há muito que perderam a paciência e só pretendem falar com Lula ou com o ministro da Justiça. Como nenhum dos dois está por Brasília, suas manifestações se focam contra a cúpula da Funai.
Os Xavante estão em pequeno número por aí. O grosso de seu exército está nas áreas indígenas discutindo estratégias de ação. Não têm recursos, nem quem os apoie em suas manifestações. Mas sabem que toda mentira tem pernas curtas, e estão prontos para marcar presença em Brasília. Vêm quase sempre com seus próprios e parcos recursos. No sacrifício. Aguardam agora o começo do mês para arrecadar ajuda dos seus patrícios aposentados, funcionários da Funai e da Funasa, etc.
O movimento indígena revolucionário é extraordinário, como diria Lula, se soubesse do que está acontecendo de fato. Lutam no sacrifício. Não tem CIMI, não tem Ong, não tem Funai. A ajuda é improvisada em cima do joelho.
Dizer que isso é fisiológico é um acinte aos índios. Um descaramento inominável.
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