Índios Apinajé querem energia elétrica
Antropologia

Índios Apinajé querem energia elétrica


Se uns derrubam linha de transmissão, outros querem energia elétrica logo.

O jornal de Tocantins vem publicando essa matéria, com variações há três dias. Nenhum jornal nacional deu repercussão. Algo está sendo feito?

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Índios - Os índios da aldeia Girassol, a cerca de 22 quilômetros de Tocantinópolis, no Extremo Norte do Estado, continuam bloqueando a TO-126. Há cerca de cinco dias, eles reivindicam a instalação da rede elétrica na aldeia, que fica na reserva indígena Apinajé. Os manifestantes deram um novo prazo até amanhã. Caso as obras não começem, ameaçam atear fogo na torre de transmissão instalada dentro da aldeia. A Rede Celtins informou que os trabalhos de topografia já foram finalizados, mas ressaltou que a previsão para o início das obras é novembro.

Escrito por Mércio Pereira Gomes às 08h21
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Guajajara derrubam torre de transmissão elétrica

Como era esperado, para quem conhece os Guajajara, a extinção dos núcleos de apoio de Barra do Corda, sem nenhuma providência de substituição, apenas promessas vãs, deu no que deu, conforme pode ser visto na matéria abaixo, do jornal O Estado do Maranhão.

Há muitos anos os Guajajara vinham ameaçando fazer a derrubada de uma torre das duas linhas de transmissão elétrica que passam pela Terra Indígena Canabrava-Guajajara. Agora chegaram às vias de fato, e a negociação vai ser em bases diferentes, com mais poder de barganha da parte deles.

Fico lamentando pelo indigenista Porfírio Carvalho que certamente será chamado para resolver esse problema.

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Moradores de Barra do Corda dizem que Guajajaras estariam revoltados pelo descaso da Funai com os indígenas da região

O Estado do Maranhão

Índios guajajaras, da Aldeia Santa Maria, na reserva Cana Brava, localizada a 50 km da cidade de Barra do Corda, distante cerca de 460 km da capital, São Luís, tentaram derrubar ontem uma torre de energia da Eletronorte no município. Os indígenas desparafusaram a base da torre por volta das 7h40 da manhã.

Conforme informações da Eletronorte, a torre não caiu porque ficou suspensa pelos cabos de alta tensão. Apesar disso, a cidade de Barra do Corda não sofreu com a falta de energia, visto que a corrente elétrica foi transferida para outra linha de transmissão da companhia. Os indígenas não permitiram o acesso de técnicos da empresa ao local.

Oficialmente, os motivos da manifestação ainda são desconhecidos. Isso porque nem a Fundação Nacional do Índio (Funai) de São Luís, que é a responsável pelos indígenas na região, foi avisada ou alertada sobre essa manifestação. Entretanto, conforme moradores próximos à aldeia Santa Maria, os índios querem a presença do presidente nacional da Funai, Márcio Augusto de Freitas, para discutir a implementação de duas regionais do órgão nas cidades de Barra do Corda e em Jenipapo dos Vieiras.

Acordo

A criação das duas unidades é fruto de um acordo feito entre os indígenas e a direção nacional da Funai em junho deste ano, após uma série de protestos realizados exatamente na região da aldeia Santa Maria nos meses de maio e junho. Em maio, os indígenas atearam fogo em locais próximos às torres da Eletronorte. Em junho, os guajajaras interditaram as duas vias da BR-226 por aproximadamente 10 dias.

Ainda de acordo com moradores da região, esses pólos regionais da Funai foram apenas discutidos mas, na prática, nunca saíram do papel. Atualmente, os recursos para os indígenas da região de Barra do Corda são geridos pelas regionais da Funai de Imperatriz e de São Luís.

Revoltados com a situação, os índios estariam, inclusive, dispostos a desparafusar ou atear fogo em outra torre da Eletronorte. Também planejam uma nova interdição da BR-226, assim como ocorreu em junho deste ano. Uma equipe da Delegacia Regional de Imperatriz foi à aldeia Santa Maria no fim da tarde de ontem, mas o delegado Afonso Carvalho não conseguiu manter contato com as lideranças do movimento.



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