Chefes de povos indígenas de todas as regiões do Brasil começaram a se reunir nesta segunda-feira (11), em Brasília, para protestar contra um decreto que reestrutura a Funai publicado no final de dezembro. A nova lei foi lançada para dar mais agilidade à fundação e prevê a criação de 3,1 mil cargos até 2012 - hoje, a instituição tem 2,4 mil funcionários. Segundo os líderes indígenas, contudo, a reestruturação é prejudicial aos seus povos.
A principal reclamação é a de que a reforma acaba com os postos indígenas. Essas pequenas instalações, às vezes com apenas um funcionário, ficam próximas às aldeias, prestando assistência no dia-a-dia dos índios. ?Os postos dão proteção às áreas indígenas. Agora não vão mais proteger nosso território?, afirma o cacique xavante Arnaldo Tsererowe, de Mato Grosso.
A principal reclamação é a de que a reforma acaba com os postos indígenas. Essas pequenas instalações, às vezes com apenas um funcionário, ficam próximas às aldeias, prestando assistência no dia-a-dia dos índios. ?Os postos dão proteção às áreas indígenas. Agora não vão mais proteger nosso território?, afirma o cacique xavante Arnaldo Tsererowe, de Mato Grosso.
Guerreiros caiapós pedem revogação do decreto que reestrutura a Funai. (Foto: Apib/Divulgação)
Os líderes também reclamam que não foram ouvidos sobre a reforma da instituição. ?Não foi a vontade das lideranças que cuidam das aldeias. Por isso estamos em Brasília para pedir ao ministro da Justiça e ao governo Lula a revogação do decreto?, explica Tsererowe. Além da revogação da reestruturação, os índios também pedem a exoneração do presidente da Funai, Márcio Meira.
Protesto
Os índios preparam para esta terça-feira uma marcha entre a Funai e o Ministério da Justiça. Lideranças calculam que cerca de 600 pessoas devem participar da manifestação. Os índios, de pelo menos dez etnias, chegaram de ônibus entre esta segunda e terça-feira (12).
A assessoria da Funai foi contatada pelo Globo Amazônia, mas não houve retorno até a publicação desta notícia.
A assessoria da Funai foi contatada pelo Globo Amazônia, mas não houve retorno até a publicação desta notícia.