Antropologia
Em Porto Velho índios e funcionários protestam na BR-364
Em Porto Velho o movimento indígena revolucionário se junta aos funcionários da Funai em protesto duro que inclui a obstrução da passagem da BR 364. Apesar das cartas fornecidas por três organizações indígenas, no mesmo formato e com as mesmas palavras, à cúpula da Funai à guisa de apoio ao decreto de reestruturação.
O fato que prevalece no sentimento dos índios e da memória dos indigenitas é que a AER Porto Velho, criada na década de 1970 por Francisco e Apoena Meirelles, é que foi responsável pela demarcação das terras indígenas de Rondônia, sob pressão incrível do governo militar, da construção da BR-364 e da expansão dos assentamentos, grilagens e roubos de terras.
Sua extinção não só desserve aos povos indígenas daquele estado, apesar da criação de coordenadorias regionais em Ji-Paraná, Cacoal e Guaporé, como a toda uma história que ainda está por fazer.
A construção de duas grandes Usinas Hidrelétricas está atraindo uma multidão de pessoas que certamente irão pressionar cada vez mais por terras e bens. As terras indígenas vão sofrer, e, sem a força da Funai, vão ficar mais vulneráveis.
O mesmo vai acontecer em Altamira com a extinção da AER de lá. É criminosa! Essa política de reestruturação é criminosa. Alguém vai pagar por isso, mais cedo ou mais tarde.
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MANIFESTAÇÃO - Indígenas e ex-funcionários da Funai em Porto Velho fecham a BR 364
O movimento que é formado por quatro etnias indígenas, sendo elas Kachararari, Karipuna, Karitiana e Karupã, fecharam desde as 8h00 da manhã desta segunda-feira (01) as duas vias da BR 364, no Km 7 sentido Cuiabá, como forma de reivindicação contra o fechamento da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) em Porto Velho, conforme resolução do decreto do Governo Federal - 7056/2009 -, expedido no dia 28 de dezembro de 2009.
Segundo os manifestantes, o movimento é para chamar a atenção dos órgãos públicos competentes responsáveis pelo
fechamento da Fundação, pois, segundo algumas lideranças indígenas, a capital não pode ficar sem um departamento como
este.
Apenas os municípios de Ji Paraná, Cacoal e Guajará-Mirim ficaram com seus postos ainda em abertos. Funcionários
da FUNAI também estão no local dando apoio aos manifestantes.
Uma guanicao da PRF está no trajeto, onde mantém a ordem para que não ocorra nenhum incidente durante o protesto.
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